Home / Viajero  / Desde  Waterlat, viajero (viajante)

Desde  Waterlat, viajero (viajante)

Al tiempo de caminar por la vida, me encontré a gusto entre pares. En Xochicalco existe una estela de piedra que representa el encuentro de varios astrónomos prehispánicos –provenientes de lugares muy apartados entre sí- para realizar un ajuste calendárico. Amén de ser uno de mis vestigios prehispánicos favoritos, jocosamente pienso en ella como la primera foto conmemorativa de congreso en este lado del planeta.

 

Mi primer congreso fue un ALAS en Guadalajara, hace varios ayeres. Recuerdo la emoción y el nerviosismo de ir y conocer temas y científicos sociales provenientes de otras geografías. En ese entonces imaginarme como ponente era algo alucinante, una ilusión, una meta para lograr.

 

Hoy tras varios años en el medio de los congresos, con cierto callo para exponer, quizá estilo, viene a mi mente la estela de Xochicalco. Veo un grupo diverso de seres humanos que coinciden en tiempo y lugar para decir algo que consideran más importante que el silencio. A diferencia de otros congresos la mayoría no venimos a hacer turismo académico; permanecemos hasta el final de las sesiones en tanto coincidimos en lo vital del agua. Estoy rodeado de colegas que exponen en distintos idiomas, que hacen el mismo esfuerzo que yo para entendernos. Intentamos dejar el inglés –cómodo, estándar e impersonal- para comunicarnos en  nuestras propias y latinas lenguas; íntimas en tanto maternas. Quizá el valor latinoamericano empieza por creer y reivindicar nuestro propio idioma; no lo sé pero me gusta pensarlo.

 

Tras una semana de compartir, aprender y coincidir en el 9° encuentro internacional de la Red Waterlat-Gobacit me llevo nuevas improntas y reafirmo viejas convicciones. Me nutro del entusiasmo colectivo característico de cada encuentro de la red. Y finalmente, en el plano personal me llevo buenas vivencias y mejores amigos.

 

Escrito por Erick Aguilar

Aprendiz de ser humano, viajero en capacitación, bibliófilo consumado y sociólogo consumido

Facebook

 

 

De Waterlat, viajante

 

Na hora de andar pela vida, me vi à vontade entre iguais. Em Xochicalco [1] tem uma pedra gravada que conta história da encontro de vários astrônomos pré-hispânicos – de lugares muito isolados- para fazer um ajuste no calendário. Além de ser um dos meus vestígios pré-hispânicos preferidos, eu penso nela de uma maneira engraçada como a primeira foto comemorativa do congresso deste lado do planeta.

 

Meu primeiro congresso foi um ALAS em Guadalajara, faz algum tempo, eu me lembro da emoção e do nervosismo de ir e conhecer tópicos e cientistas sociais de outras geografias. Naquela época, imaginar eu como um orador foi algo incrível, uma ilusão, um objetivo a alcançar.

 

Hoje, depois de vários anos no meio dos congressos, com alguma experiência para as apresentações, talvez de estilo, o rastro de Xochicalco vem à minha mente. Eu vejo um grupo diversificado de seres humanos que coincidem no tempo e lugar para dizer algo que consideram mais importante que o silêncio. Ao contrário de outros congressos, a maioria de nós não vem fazer turismo acadêmico; Permanecemos até o final das sessões, em tanto nos concordamos com a vitalidade da água. Estou rodeado por colegas que expõem em diferentes línguas, que fazem o mesmo esforço que eu para entender um ao outro. Tentamos deixar o inglês – confortável, padrão e impessoal – para comunicar em nossos idiomas próprios e latinos; íntima em tanto que materna. Talvez o valor latino-americano comece acreditando e reivindicando nossa própria língua; Eu não sei, mas gosto de pensar nisso.

 

Depois de uma semana de compartilhamento, aprendendo e coincidindo no 9º encontro internacional da Rede Waterlat-Gobacit, tomo novas aprendizagens, reafirmo velhas convicções. Eu me nutro de entusiasmo coletivo característico de cada reunião da rede. E finalmente, em um nível pessoal, tenho boas experiências e melhores amigos.

 

Traducción cortesía de Alba Campos

 

[1] Zona arqueológica da cultura mexica de origem teotihuacana que pertence ao epiclássico (650-900 dC), localizado no estado de Morelos, México.